SP com Dilma: Mercadante: "Há muito tempo não é feito um projeto para melhorar a Zona Leste"

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Mercadante: "Há muito tempo não é feito um projeto para melhorar a Zona Leste"

Caminhando pelas ruas dos bairros de Itaquera e São Mateus, na zona leste da capital, o candidato do PT ao governo de São Paulo disse que vai investir na CPTM e no Metrô, além de conceder incentivos fiscais para atrair empresas e gerar mais empregos. Afinal, para Mercadante a falta de Transporte Público é o principal problema da região. “Temos de fazer funcionar o polo industrial ecológico da zona leste, trazer indústria, emprego, serviço”, falou Mercadante.

O senador Mercadante explica porque é necessário fazer funcionar o polo industrial ecológico da zona leste: “Temos de dar estímulo fiscal para as pessoas morarem perto de onde trabalham. Não se pode deslocar três milhões de pessoas por dia, como acontece na zona leste”.

Mercadante falou que vai ampliar a Linha 2 – Vermelha e dobrar a capacidade dos trens da CPTM. O candidato ao governo do estado defendeu que incentivos fiscais sejam utilizados para atrair as empresas, tanto na capital – nas zonas sul e leste – como em pequenas cidades do interior. “Se você gerar emprego, diminui a necessidade de transporte público e melhora a qualidade de vida de todo mundo”. Acompanhado do candidato ao senado, Netinho de Paula-PC do B, Mercadante cumprimentou comerciantes, vendedores ambulantes e deu autógrafos.

Copa do Mundo

O bairro de Itaquera conquistou o projeto do estádio do Corinthians, que pode sediar a abertura da Copa do Mundo em 2014. E Mercadante disse: “Precisamos acelerar esse projeto da Copa do Mundo porque o PSDB é lento para decidir, é lento para fazer, é lento para entregar, e a Copa tem data”. Segundo o senador, para que o estádio do Corinthians seja a sede do primeiro jogo da Copa, é preciso investir pesado na infraestrutura e no transporte da região. “E há muito tempo que não é feito nenhum projeto importante para melhorar a zona leste”, criticou Mercadante.

São Mateus

Depois de Itaquera, Aloizio Mercadante foi para o Jardim da Conquista, em São Mateus. Cumprimentou as pessoas na rua, comerciantes e lembrou que o bairro mudou. “Na última vez que estive aqui era tudo de terra. Foi a Marta (Suplicy, candidata ao senado pelo PT, ex-prefeita de SP) que trouxe o asfalto e o CEU pra cá e por isso precisamos eleger a Marta no Senado”, disse Mercadante, que também defende a redução da carga tributária dos remédios. “Temos que desonerar os remédios, porque os remédios para o ser humano, em São Paulo, estão mais caros que remédio veterinário. É um dos impostos mais altos do Brasil”.

*Fonte: Portal Mercadante 13

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Dilma Rousseff, uma guerreira

Em 14 de dezembro de 1947, Dilma Vana Rousseff nasce em Belo Horizonte, filha do advogado e empreendedor Pedro Rousseff, búlgaro naturalizado brasileiro, e da professora Dilma Jane Silva. O casal teve outros dois filhos: o primogênito Igor e a caçula Zana. Dilma cursa a pré-escola no Colégio Isabela Hendrix e as primeiras séries no Colégio Nossa Senhora de Sion, dirigido por freiras e exclusivo para moças. Em 1964, ano do golpe militar, Dilma ingressa no Colégio Estadual Central.
Nessa escola pública e com turmas mistas, inicia a militância na Polop (Política Operária), organização de esquerda com forte presença no meio estudantil, à qual já pertencia seu namorado, Cláudio Galeno. Eles se casariam três anos depois. Em 67, Dilma inicia o curso de Ciências Econômicas na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e adere ao Colina (Comando de Libertação Nacional), organização que defende a luta armada. No final de 68, o governo militar baixa o AI 5 e a situação política se radicaliza. Como muitos outros jovens militantes de esquerda, Dilma e Galeno começam a ser perseguidos pela ditadura. Eles caem na clandestinidade e, para fugir ao cerco, dividem-se entre diferentes cidades. A distância acaba levando à separação do casal. Em 69, Dilma ingressa na VAR-Palmares (fruto da fusão entre Colina e VPR), onde conhece seu futuro marido, o advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo. No final do ano, muda-se do Rio de Janeiro para São Paulo. Em janeiro de 1970, Dilma é presa em São Paulo e torturada nos porões da Oban (Operação Bandeirantes) e do Dops (Departamento de Ordem Política e Social). Condenada pela Justiça Militar por dois anos e um mês de prisão, ela cumpre pena de três anos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Libertada no final de 72, volta a Minas Gerais para recuperar-se junto aos seus familiares. Em 73, muda-se para Porto Alegre, onde Carlos Araújo, capturado pela repressão em julho de 70, cumpre pena de quatro anos no presídio da Ilha das Flores. Em 74, Araújo é libertado e retoma a advocacia, enquanto Dilma ingressa na Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Em 75, ela começa a trabalhar na FEE (Fundação de Economia e Estatística), órgão do governo gaúcho. Em 76, Dilma torna-se mãe de Paula Rousseff Araújo e, no ano seguinte, conclui o curso de Economia. A essa altura, o desgaste do regime militar faz renascer a esperança na volta da democracia. Dilma engaja-se na campanha pela Anistia, organiza debates no IEPES (Instituto de Estudos Políticos e Sociais) e, junto com Carlos Araújo, ajuda a fundar o PDT do Rio Grande do Sul. Entre 1980 e 85, Dilma trabalha na assessoria da bancada estadual do PDT e exerce uma intensa militância. Ela atua decididamente no movimento pelas Diretas Já e na campanha de Carlos Araújo a deputado estadual. Ele é eleito em 82, iniciando o primeiro de seus três mandatos consecutivos. Em 86, o pedetista Alceu Collares é eleito prefeito de Porto Alegre e nomeia Dilma sua Secretária da Fazenda. É o início de uma trajetória administrativa que, com os anos, seria amplamente reconhecida por três características principais: determinação, competência e sensibilidade social. A década chega ao fim com o Brasil realizando a sua primeira eleição direta para a presidência após a ditadura. Dilma, então diretora-geral da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, faz campanha para Leonel Brizola, no primeiro turno, e para Lula, no segundo. No início dos anos 90, Dilma torna-se presidente da Fundação de Economia e Estatística, a FEE, onde havia iniciado sua vida profissional. Em 93, com a eleição de Alceu Collares para o governo do Rio Grande do Sul, assume a Secretaria de Minas, Energia e Comunicação pela primeira vez, iniciando um trabalho que seria amplamente reconhecido logo mais à frente. Aliados, PDT e PT elegem o petista Olívio Dutra ao governo. Dilma, mais uma vez, ocupa a Secretaria de Minas, Energia e Comunicação. Dois anos depois, com o rompimento da aliança, Dilma filia-se ao PT. Participou da equipe que formulou o plano de governo na área energética na eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 2002, onde se destacou e foi indicada para titular do Ministério de Minas e Energia. Novamente reconhecida por seus méritos técnicos e gerenciais, foi nomeada ministra-chefe da Casa Civil.