quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Mercadante comenta debate RedeTV / Folha

O candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Aloizio Mercadante, participou nesta quarta-feira (15/09) do debate RedeTV/Folha. Após o debate, Mercadante comentou sua participação. O mediador do debate foi o jornalista Kennedy Alencar.



Alckmin foge de Mercadante durante debate


O debate com os candidatos ao Governo do Estado, realizado nesta quarta-feira (15/09) pela Rede TV! e pelo jornal Folha de S. Paulo, foi aberto com Educação, área prioritária no Governo Mercadante, e tema que dominou todo o primeiro bloco do programa, mostrando que a insatisfação é unanimidade.
Destaque para a péssima qualidade do ensino da rede estadual e a progressão continuada, método criado pelo educador Paulo Freire e que, nos últimos 16 anos em que o Estado esteve sob a gestão do PSDB, tem sido deturpado a ponto de ser chamado por alguns especialistas de “pedagocídio”.
O ex-governador tucano foi o único a defender o método que tem funcionado como mera aprovação automática, formando anualmente milhares de estudantes que não sabem ler e escrever adequadamente. “O que nós temos hoje em São Paulo não é uma progressão continuada, nós temos uma regressão continuada para uma parte dos alunos. Isso está levando a uma situação em que muitos alunos estão sendo reprovados na vida, quando eles vão para o mercado de trabalho”, corrigiu Mercadante, que é professor licenciado pela PUC e Unicamp. Ele explicou que 5 milhões de alunos que estão nas escolas públicas do Estado estão sendo privados das mesmas oportunidades que estudantes da rede particular de ensino têm.
Ele fez questão de lembrar que, em 16 anos de PSDB, cerca de 100 mil professores ainda não têm carreira e é preciso mudar a política educacional paulista para dar perspectiva de vida a estes alunos. “Eles não vão ter a mesma oportunidade na vida. Esse Estado é rico. Este Estado pode ter uma escola de qualidade”.
No último dia 14 Mercadante lançou seu Programa de Governo para a educação, onde propôs um novo contrato social para o ensino público.

Transporte
Outro tema que também isolou o candidato tucano em relação aos demais participantes - até dos jornalistas - foi o conjunto de problemas relacionados ao transporte de São Paulo, com o Metrô avançando muito lentamente, a malha ferroviária subutilizada e os altos pedágios paulistas.

Metrô e CPTM
Mercadante explicou que a dificuldade que a população passa hoje foi originada pela falta de investimento em transporte público. Ele afirmou que nos dois primeiros anos vai dobrar a capacidade dos 260 km de trens da CPTM, aumentando a velocidade da frota e informatizando o sistema. Sobre o Metrô ele ressaltou que nos últimos anos foram feitos apenas 2,6 km em linha, ou seja, cerca de 650 m por ano. “É uma voltinha no quarteirão. É impossível a gente responder nesta velocidade ao desafio do transporte. Precisamos acelerar. Barcelona fez 80 km de Metrô em 5 anos. Por que São Paulo não pode fazer pelo menos 30 km?”, questionou Mercadante, que defende a meta para os próximos quatro anos.

Pedágio
Para Mercadante, o abuso nos valores dos pedágios paulistas tem prejudicado a economia do Estado, onde 93% da carga transportada é rodoviária. O valor tem sido embutido no frete, chegando no preço final do produto e onerando a população de baixa renda.
“Nós vamos baixar estes preços e vamos fazer um modelo de pagar pelo quilômetro efetivamente rodado. O abuso dos pedágios e a falta de incentivo está esvaziando o emprego e o desenvolvimento do interior do Estado. Tem que mudar”, disse ele. Hoje um caminhão que sai de Presidente Prudente com destino à Capital paga R$ 700,00 de pedágio.

Sem perguntas
No penúltimo bloco do debate, Mercadante confessou estar surpreso por não ter recebido nenhuma pergunta do candidato tucano, com quem disputará o cargo no segundo turno das eleições. “Todo dia fala de mim no programa dele, mas quando vem aqui não faz nenhuma pergunta. Ele podia fazer”.

*Fonte: Portal Mercadante 13

Carta de Erenice Guerra entregue ao Presidente Lula

Erenice Guerra pediu demissão nesta quinta-feira (16/9) do cargo de ministra-chefe da Casa Civil em carta entregue ao presidente Lula. O pedido foi aceito e assume em seu lugar o secretário-executivo da pasta, Carlos Eduardo Esteves Lima. 
Leia abaixo a íntegra da carta: 


Senhor Presidente,

Nos últimos dias fui surpreendida por uma série de matérias veiculadas por alguns órgãos da imprensa contendo acusações que envolvem familiares meus e ex-servidor lotado nesta Pasta.
Tenho respondido uma a uma, buscando esclarecer o que se publica e, principalmente, a verdade dos fatos, defrontando-me com toda sorte de afirmações, ilações ou mentiras que visam desacreditar meu trabalho e atingir o governo ao qual sirvo.
Não posso, não devo e nem quero furtar-me à tarefa de esclarecer todas essas acusações e nem posso deixar qualquer dúvida pairando acerca da minha honradez e da seriedade com o qual me porto no serviço público. Nada fiz ou permiti que se fizesse, ao longo de 30 anos da minha trajetória pública, que não tenha sido no estrito cumprimento de meus deveres.
Prova irrefutável dessa minhas postura é que já solicitei à Comissão de Ética a abertura de procedimento para esclarecimento dos fatos aleivosamente contra mim levantados, à Controladoria-Geral da União a auditagem dos atos relativos à ANAC, dos Correios e da contratação de parecer jurídico da EPE, além de solicitar ao Ministério da Justiça a abertura dos procedimentos que se fizerem necessários no âmbito daquela Pasta para também esclarece os citados fatos.
No entanto, mesmo com todas essas medidas por mim adotadas, inclusive com a abertura dos meus sigilos telefônico, bancário e fiscal, a sórdida campanha para desconstituição da minha imagem, do meu trabalho e da minha família continuou implacável. Não apresentam uma única prova sobre minha participação em qualquer dos pretensos atos levianamente questionados, mas mesmo assim estampam diariamente manchetes cujo único objetivo é criar e alimentar artificialmente um clima de escândalo. Não conhecem limites.
Senhor Presidente, por ter formação cristã não desejo nem para o pior dos meus inimigos que ele venha a passar por uma campanha de desqualificação como a que se desencandeou contra mim e minha família. As paixões eleitorais não podem justificar esse vale-tudo.
Preciso agora de paz e tempo para defender a mim e a minha família, fazendo com que a verdade prevaleça, o que se torna incompatível com a carga de trabalho que tenho a honra de desempenhar na Casa Civil.
Por isso, agradecendo a confiança de Vossa Excelência ao designar-me para a honrosa função de Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República, solicito, em caráter irrevogável, que aceite meu pedido de demissão.
Cabe-me daqui por diante, a missão de lutar para que a verdade dos fatos seja restabelecida.

Brasília, 16 de setembro de 2010
Erenice Guerra

*Fonte: Blog do Planalto

"Consultor" da Folha é um ex-presidiário condenado por receptação e falsificação

Por Luis Nassif

Alguns elementos para tentar entender essa nova denúncia da Folha:
  1. Segundo informações da própria Folha, o acusador Rubnei Quícoli já foi condenado duas vezes em São Paulo (por interceptação de carga roubada e por posse de moeda falsificada). E em 2007 passou dez meses preso. O fato de antecipar as denúncias sobre sua fonte não absolve o jornal. Pelo contrário, é agravante. Quando uma pessoa com tal currículo faz uma denúncia, é praxe de qualquer jornalismo sério ouvir as denúncias e exigir a apresentação de provas.
  2. A única prova que o tal consultor apresenta é um email marcando audiência na Casa Civil e que tem o nome de Vinicius Oliveira no C/C . Todo o restante são acusações declaratórias. Nenhum juiz do mundo tomaria como verdade acusações desacompanhadas de provas, de um sujeito que acaba de sair da cadeia.
  3. O jornal não explica como um sujeito com duas condenações criminais, que passou dez meses na prisão dois anos atrás, pilota um projeto de R$ 9 bilhões. É apostar demais na ignorância dos leitores.
  4. O BNDES é um banco técnico, constituído exclusivamente por funcionários de carreira trabalhando de forma colegiada. É impossível a qualquer pessoa – até seu presidente – influenciar a análise do comitê de crédito. Essa informação pode ser facilmente confirmada com qualquer ex-presidente do banco, de qualquer governo. É só conversar com o Luiz Carlos Mendonça de Barros, Pérsio Arida, Antonio Barros de Castro, Márcio Fortes – que foram presidentes durante o governo FHC. A ilação principal da reportagem – a de que o projeto de financiamento foi recusado pelo BNDES depois da empresa ter recusado a assessoria da Capital – não se sustenta. Coloca sob suspeita uma instituição de reconhecimento público fiando-se na palavra de um sujeito que já sofreu três condenações na Justiça e três anos atrás passou dez meses preso.
  5. Existem empresas de consultoria que preparam projetos para o BNDES e cobram entre 5 a 7% sobre o valor financiado. É praxe no mercado. Confundir essa taxa com propina é má fé. Segundo o empresário que denunciou, Israel apresentou uma proposta de acompanhamento jurídico de processos da empresa, que acabou não sendo assinado. Tudo em cima de declarações.
  6. Ninguém vai negociar propostas ocultas em reuniões formais na Casa Civil, à luz do dia. Só faltava.

*Fonte: Blog do Luis Nassif

"Consultor" da Folha desmente denúncia da própria Folha em entrevista

A Folha de S. Paulo de hoje (16.09) estampa uma foto de meia página (E3) de Rubnei Quícoli, apresentado como “empresário” e representante da empresa EDRB do Brasil S/A, de Campinas (SP). Embaixo da foto dele, em pose de CEO de grupo multinacional, a mesma Folha SP informa que Quícoli foi condenado em processos movidos pela Justiça de São Paulo pelos crimes de receptação e coação. Uma das penas foi por  desvio de uma carga de 10 toneladas, produto de roubo. A outra, por receptação de moeda falsa. Em 2007, informa a FSP, Quícoli passou dez dias na cadeia.
A FSP recorre ao depoimento deste homem – que identifica como “consultor” – para acusar, sem provas, a ministra-chefe da Casa Civil, e seu filho Israel, de terem pedido dinheiro da empresa EDRB para liberar um empréstimo do BNDES e para a campanha da candidata Dilma Rousseff.
O absurdo é que, na entrevista (pág E3) é o próprio Quícoli quem afirma que o dinheiro teria sido pedido por Marco Antonio Oliveira, ex-diretor dos Correios, demitido recentemente, e não por Erenice ou Israel Guerra.
Fala Quícoli: “Ele (Marco Antonio) falou que precisava de R$ 5 milhões para poder pagar a dívida lá que a mulher de ferro tinha”. Acrescenta Quícoli: “O Marco Antonio é que pediu. Eu falei: Eu não vou dar dinheiro nenhum. Eu estou fazendo um negócio que é por dentro e estou me sentindo lesado.”
Segundo o “consultor”, foi Marco Antonio quem afirmou que “Israel bloqueou a operação (no BNDES). Quícoli também afirma que Israel não lhe pediu dinheiro: “O Israel nunca pediu nada, porque eu não dei chance. Eu não sabia que ele era filho da Erenice. Soube pelo Marco Antonio.”
Sobre a ministra, à época secretária-executiva da Casa Civil, o “consultor” afirma: “Ela se colocou num patamar assim: Vou ver onde eu coloco isso”. Ela concordou que a Chesf seria e empresa recomendada (para avaliar o projeto de energia solar) porque está no Nordeste. Nessa condição, ela agiu corretamente.”
A Folha reforça: “Segundo eles, ela ouviu sobre o projeto e se propôs a fazer a ponte entre a EDRB e a Chesf (Companhia Hidroelétrica do São Francisco), estatal geradora de energia. “Nesse dia, ela [Erenice] propôs o quê? Viabilizar o projeto dentro da Chesf. [...]”
Conforme informado à FSP, ontem (15), representantes da empresa KVA Elétrica (e não da EDRB), foram recebidos na Casa Civil, em 10 de novembro de 2009, pelo então assessor especial da Secretaria-Executiva. Segundo a FSP, ambas empresas são representadas por Quícoli. Os empresários apresentaram um perfil da empresa e tecnologias para a produção de energia solar na região Nordeste. Nenhum encaminhamento ou pedido foi derivado desta audiência. Nem Erenice Guerra, nem o ex-assessor da Casa Civil, Vinícius Castro, participaram da audiência.

*Fonte: Portal Seja Dita a Verdade

Mercadante lança programa de governo para Segurança Pública


O candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Aloizio Mercadante, lançou nesta quarta-feira (15/09) seu programa de governo para a Segurança Pública do Estado. O plano foi dividido em 13 propostas, com destaque para o Policiamento Inteligente, uma série de ações integradas que serão decisivas na prevenção e repressão da criminalidade, com especial atenção para o crime organizado. “A integração das policias civil, militar e federal e de agentes prisionais na reestruturação dos presídios é fundamental porque é de dentro dos presídios que as facções criminosas controlam o tráfico e o crime. Também vamos fazer uma política de proteção nas escolas para combater as drogas e aproximar a polícia da sociedade”, ressaltou Mercadante.
Outro eixo de destaque do Programa de Mercadante é a valorização dos profissionais da segurança pública, que prevê a reformulação dos planos de carreira e a melhoria nos salários, de acordo com a especificidade de cada cargo, principalmente para os policiais que trabalham nas ruas. “Somos o pior salário do país no estado mais rico da federação. Uma vergonha!”, disse Marilda Pinheiro, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo. Walter Honorato, presidente do Sindicato dos Escrivães do Estado de São Paulo também reclamou: “Estamos há dez anos sem reajuste salarial”.
Para João Rebouças, presidente do Sindicato dos Investigadores do Estado de São Paulo, a realidade da segurança paulista precisa mudar com urgência: “Meu salário é de 700 reais. Está na hora da virada. Vamos ter coragem de mudar para não reclamar mais quatro anos”.
O evento aconteceu na capital e contou com a presença do senador Eduardo Suplicy (PT) e de representantes de entidades ligadas às polícias civil, militar e guarda civil metropolitana.

*Fonte: Portal Mercadante 13

Pesquisa Datafolha: Dilma sobe mais e amplia vantagem sobre Serra


Apesar do intenso noticiário das últimas semanas (leia-se tentativa de alavancar Serra) sobre a quebra dos sigilos fiscais de tucanos, a corrida presidencial entrou em fase de alta estabilidade nas taxas de intenção de voto dos principais candidatos.
Dilma Rousseff (PT) venceria a disputa no primeiro turno se a eleição fosse hoje.
Segundo pesquisa Datafolha nos dias 13 a 15 deste mês com 11.784 entrevistas em todo o país, a petista tem 51%. Oscilou um ponto percentual para cima em relação ao levantamento anterior, dos dias 8 e 9. A margem de erro máxima é de dois pontos, para mais ou para menos. 
Quando se consideram só os votos válidos, os dados apenas aos candidatos (excluindo-se os brancos e os nulos), Dilma vai a 57%.
José Serra (PSDB) ficou exatamente como há uma semana, com 27%. Marina Silva (PV) também repetiu sua taxa de 11%. Em votos válidos, o tucano tem 30%. A verde fica com 12%. Há 4% que dizem votar em branco, nulo ou nenhum. Outros 7% se declaram indecisos.
Os demais seis candidatos não pontuaram, segundo o Datafolha --que realizou a pesquisa sob encomenda da Folha e da Rede Globo. 
O levantamento comprovou que teve impacto mínimo até agora, quase imperceptível, o escândalo da quebra de sigilo de tucanos e da filha de Serra, Veronica.
O Datafolha apurou que 57% dos eleitores tomaram conhecimento do assunto. Mas, apesar de a maioria conhecer o caso, só 12% se consideram bem informados a respeito.
As taxas de maior conhecimento estão entre os mais escolarizados (86%) e os que têm maior renda mensal (84%). Mas esses segmentos são minoritários no eleitorado e não provocaram alterações no quadro geral.
Numa estratificação apenas dos que se declaram mais bem informados, a taxa de intenção de votos de Dilma fica em 46% (contra os 51% no cômputo geral). Serra vai a 33% e Marina oscila para 14%. Ou seja, a soma do tucano com a verde daria 47%, e o cenário seria de um possível segundo turno.
No outro extremo, entretanto, quando são separados apenas os eleitores que nunca ouviram falar do caso da quebra de sigilos fiscais de tucanos, Dilma vai a 53%, Serra desce a 24% e Marina pontua apenas 8%.
A estabilidade do quadro geral apurado pelo Datafolha também aparece em quase todos os segmentos pesquisados pelo instituto.
Na simulação de segundo turno, Dilma venceria com 57%, contra 35% de Serra. Os percentuais eram 56% e 35% há uma semana.
Do ponto de vista geográfico, as únicas variações significativas e além da margem de erro ocorreram no Paraná, no Rio Grande do Sul, em Brasília e em Belo Horizonte.
Dilma perdeu oito pontos em Curitiba (PR) e voltou a ficar atrás de Serra nessa capital. A petista tem 28%, contra 36% do tucano. No Paraná como um todo, ela recuou cinco pontos --mas ainda lidera por 41% a 35%.
A petista também piorou seu desempenho em Brasília, saindo de 51% para 43%, mas continua líder porque Serra está com 21%.
No Rio Grande do Sul e em Belo Horizonte ocorreu o inverso, com Dilma melhorando seu desempenho. Entre os gaúchos, a petista foi de 43% para 45%, e Serra desceu de 38% para 34%.
Na capital mineira, a petista foi de 40% para 44%. Serra oscilou de 23% para 25%.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 30014/2010.