sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Ativistas, educadores e pesquisadores assinam carta de apoio a Mercadante

Segue abaixo a íntegra da carta de apoio a Mercadante assinada por ativistas, educadores e pesquisadores ligados às mais diversas áreas sociais. 


Pelo direito à educação, apoiamos Mercadante

Nós, ativistas da área de educação, educadores e pesquisadores que acompanham cotidianamente as políticas educacionais no estado, estamos convencidos que São Paulo precisa mudar! Apoiamos Aloizio Mercadante para o governo de São Paulo porque...



Mais professoras/es!
… é urgente garantir professoras/es habilitados e concursados nas salas de aula. O descaso do atual governo (atual há 16 anos) resultou em mais de 60% de professores/as contratados precariamente (temporários) e na falta de profissionais em diversas disciplinas – como Física e Química, por exemplo.

Valorização de todos/as professores/as
… são necessárias mudanças estruturais para valorizar a carreira docente. A política de bonificação, que premia professores individualmente (nas melhores escolas), não se mostrou eficiente para resolver o problema da qualidade. Nem a própria Secretaria de Estado da Educação possui dados que demonstrem a eficácia do programa. O Saresp, sistema de avaliação dos alunos, foi criticado por mudar sua metodologia para aumentar a faixa de alunos incluídos no nível satisfatório, o que passa longe de dizer que a melhora é resultado da política de bônus. É preciso valorizar a carreira como um todo.

Plano de educação
desde 2001, a criação de planos estaduais e municipais de educação é exigida em lei. Este plano deve definir as metas e prioridades da educação por 10 anos. Mas o estado de São Paulo ainda não possui um. Pior, o atual secretário de Educação do PSDB desconsiderou um plano elaborado pela sociedade civil que tramita há anos na Assembleia Legislativa e, sem qualquer consulta a pais, mães, alunos, professores, pesquisadores, enviou novo plano (ainda de conteúdo desconhecido e sigiloso!) para o Conselho Estadual de Educação.

Controle social da educação
É também urgente que o Conselho Estadual de Educação de São Paulo se torne de fato uma instância de formulação e controle social das políticas públicas de educação. Na “renovação” que houve no ano passado, por indicação do poder executivo, foram nomeadas três ex-secretárias de Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, Maria Lúcia Vasconcellos e Rose Neubauer, todas de gestões do PSDB. 

Reconstrução da Rede Pública 
…Com a política salarial do PSDB para o professorado nos últimos 16 ANOS, aliada ao stress em sala de aula, o número abusivo de alunos por sala e a falta de equipamentos nas escolas de periferia, a Rede Pública vem sofrendo um desmonte, e o Direito à Educação tem sido reiteradamente violado. É preciso dar um basta! É preciso que a Rede Pública seja reequipada, os professores valorizados, que o número de alunos por salas seja reavaliado, principalmente nas periferias.

Transparência
… sem acesso a dados públicos no campo da educação, as entidades e pesquisadores da área enfrentam dificuldades para monitorar as políticas educacionais. Na esfera estadual, não estão disponíveis sequer dados gerais sobre acesso, qualidade, permanência e carreira docente. Também não se divulgam sistematicamente dados sobre a gestão escolar – merenda, transporte, recursos de manutenção das escolas.  Destas, pouco se sabe quanto recebem do governo e quanto gastam com materiais básicos para seu funcionamento. Quando tais dados são solicitados, por meio de ofício, muitas vezes o pedido é ignorado ou respondido parcialmente. Entendemos que a informação é um direito, e que o acesso a esses dados é indispensável para o exercício do controle social das políticas públicas de educação e da correta utilização dos recursos estatais.

Liberdade de expressão
… apesar de revogadas as leis da mordaça em São Paulo (dispositivo do Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado que impedia professores de dar entrevistas à imprensa), outros mecanismos administrativos ainda restringem a liberdade de expressão dos professores. Durante a greve dos docentes no início deste ano, circulou na internet um memorando da Diretoria de Ensino Leste 3, orientando os diretores de escola a não falarem com a imprensa sobre a atual greve. “Prezados Diretores, Agradecemos a preciosa atenção em relação aos informes sobre os números de professores que estão aderindo à greve. Entretanto, em virtude dessa paralisação, a imprensa está entrando em contato diretamente com as escolas solicitando dados e entrevistas. Solicitamos ao Diretor de Escola para não atender a esta solicitação”, diz o comunicado, cuja autenticidade foi confirmada pela Secretaria.

Educação de Jovens e Adultos
… nos últimos anos, tem havido em São Paulo uma política de desmonte da educação de jovens e adultos (EJA). Está havendo uma nítida diminuição do número de escolas que atendem à modalidade, com consequente redução das matrículas, e “nucleação” do atendimento, ou seja, concentração de alunos em algumas escolas-pólo, por região. O deliberado desmonte da EJA é reforçado pela não realização da chamada pública para a EJA (quando a população é informada que tem direito à matrícula na rede pública), um dever do Estado.

Material Didático de Qualidade
… é preciso garantir material didático de qualidade em todas as séries. Em 2008, o governo de José Serra distribuiu em todo o Estado mais de 500 mil apostilas contendo erros de grafia e de informação para os alunos da rede. Entre os principais erros, está o desenho de um mapa no qual existem dois Paraguais, nenhum deles no lugar correto. O material foi recolhido, e custou aos cofres públicos do Estado R$ 36 milhões. Em 2009, uma errata contendo mais erros detectados em 17 apostilas distribuídas para alunos da 5ª à 7ª séries do ensino fundamental e para as três séries do ensino médio foi divulgada, desta vez sem o recolhimento dos cadernos. Isso apesar de o Estado aderir ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), programa do governo federal que distribui livros didáticos de reconhecida qualidade (escolhidos por meio de edital por pesquisadores da área) gratuitamente. Essa sobreposição de materiais é um evidente desperdício de recursos públicos.

Educação para a ressocialização!
… a educação deve ser uma possibilidade de ressocialização para as pessoas privadas de liberdade, em substituição da atual política que se reduz à ampliação do encarceramento, construção de presídios, endurecimento das penas e violação dos direitos humanos.

Assinam esta carta:
Agnes Karoline - Estudante de Gestão Pública, e Jovem Agente Pelo Direito a educação
Ana Paula Corti- socióloga, educadora e mestre em Sociologia
Carolina Farias Morais - Bacharel em Ciências Sociais
Denise Carreira - jornalista, educadora, ativista em direitos humanos e doutoranda em Educação
Fernanda Campagnucci - jornalista, ativista de direitos humanos
Fernanda Fernandes - advogada, ativista de direitos humanos e mestre em Educação
Marcos José Pereira da Silva - mestre em Educação e ativista de direitos humanos
Maria Lúcia Costa Pedro - ativista de direitos humanos
Maria Virgínia de Freitas - socióloga, educadora e mestre em Educação

Mariângela Graciano - jornalista, ativista de direitos humanos e doutora em Educação
Paulo Ricardo Barbosa de Lima - Estudante de Direito e ativista de direitos humanos

Tania Pedrina Portella - jornalista e ativista em direitos humanos
Vera Masagão Ribeiro - Ativista pelos direitos educativos, culturais e da juventude, Doutora em Educação pela PUC-SP

Wilson Roberto Ferreira - Geógrafo, educador e especialista em ensino de Geografia

Filha de Serra violou sigilo de milhões de pessoas

A revista CartaCapital que está nas bancas nesta semana traz reportagem de Leandro Fortes que vai colocar em apuros o tucano José Serra. Segundo a reportagem, baseada em documentos oficiais, por 15 dias no ano de 2001, no governo FHC/Serra a empresa Decidir.com abriu o sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros. A Decidir.com é o resultado da sociedade, em Miami, da filha de Serra, Verônica Serra, com a irmã de Daniel Dantas. Veja abaixo a reportagem de CartaCapital.


Extinta empresa de Verônica Serra expôs os dados bancários de 60 milhões de brasileiros obtidos em acordo questionável com o governo FHC


Em 30 de janeiro de 2001, o peemedebista Michel Temer, então presidente da Câmara dos Deputados, enviou um ofício ao Banco Central, comandado à época pelo economista Armínio Fraga. Queria explicações sobre um caso escabroso. Naquele mesmo mês, por cerca de 20 dias, os dados de quase 60 milhões de correntistas brasileiros haviam ficado expostos à visitação pública na internet, no que é, provavelmente uma das maiores quebras de sigilo bancário da história do País. O site responsável pelo crime, filial brasileira de uma empresa argentina, se chamava Decidir.com e, curiosamente, tinha registro em Miami, nos Estados Unidos, em nome de seis sócios. Dois deles eram empresárias brasileiras: Verônica Allende Serra e Verônica Dantas Rodenburg.
Ironia do destino, a advogada Verônica Serra, 41 anos, é hoje a principal estrela da campanha política do pai, José Serra, justamente por ser vítima de uma ainda mal explicada quebra de sigilo fiscal cometida por funcionários da Receita Federal. A violação dos dados de Verônica tem sido extensamente explorada na campanha eleitoral. Serra acusou diretamente Dilma Rousseff de responsabilidade pelo crime, embora tenha abrandado o discurso nos últimos dias.
Naquele começo de 2001, ainda durante o segundo mandato do presidente FHC, Temer não haveria de receber uma reposta de Fraga. Esta, se enviada algum dia, nunca foi registrada no protocolo da presidência da Casa. O deputado deixou o cargo menos de um mês depois de enviar o ofício ao Banco Central e foi sucedido pelo tucano Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, hoje candidato ao Senado. Passados nove anos, o hoje candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff garante que nunca mais teve qualquer informação sobre o assunto, nem do Banco Central nem de autoridade federal alguma. Nem ele nem ninguém.
Graças à leniência do governo FHC e à então boa vontade da mídia, que não enxergou, como agora, nenhum indício de um grave atentado contra os direitos dos cidadãos, a história ficou reduzida a um escândalo de emissão de cheques sem fundos por parte de deputados federais.
Temer decidiu chamar o Banco Central às falas no mesmo dia em que uma matéria da Folha de São Paulo informava que, graças ao passe livre do Decidir.com, era possível a qualquer um acessar não só os dados bancários de todos os brasileiros com conta corrente ativa, mas também o Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), a chamada “lista negra”do BC. Com base nessa facilidade, o jornal paulistano acessou os dados bancários de 692 autoridades brasileiras e se concentrou na existência de 18 deputados enrolados com cheques sem fundos, posteriormente constrangidos pela exposição pública de suas mazelas financeiras.
Entre esses parlamentares despontava o deputado Severino Cavalcanti, então do PPB (atual PP) de Pernambuco, que acabaria por se tornar presidente da Câmara dos Deputados, em 2005, com o apoio da oposição comandada pelo PSDB e pelo ex-PFL (atual DEM). Os congressistas expostos pela reportagem pertenciam a partidos diversos: um do PL, um do PPB, dois do PT, três do PFL, cinco do PSDB e seis do PMDB. Desses, apenas três permanecem com mandato na Câmara, Paulo Rocha (PT-PA), Gervásio Silva (DEM-SC) e Aníbal Gomes (PMDB-CE). Por conta da campanha eleitoral, CartaCapital conseguiu contato com apenas um deles, Paulo Rocha. Via assessoria de imprensa, ele informou apenas não se lembrar de ter entrado ou não com alguma ação judicial contra a Decidir.com por causa da quebra de sigilo bancário.
Na época do ocorrido, a reportagem da Folha ignorou a presença societária na Decidir.com tanto de Verônica Serra, filha do candidato tucano, como de Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity. Verônica D. e o irmão Dantas foram indiciados, em 2008, pela Operação Satiagraha, da Polícia Federal, por crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal, formação de quadrilha, gestão fraudulenta de instituição financeira e empréstimo vedado. Verônica também é investigada por participação no suborno a um delegado federal que resultou na condenação do irmão a dez anos de cadeia. E também por irregularidades cometidas pelo Opportunity Fund: nos anos 90, à revelia das leis brasileiras, o fundo operava dinheiro de nacionais no exterior por meio de uma facilidade criada pelo BC chamada Anexo IV e dirigida apenas a estrangeiros.
A forma como a empresa das duas Verônicas conseguiu acesso aos dados de milhões de correntistas brasileiros, feita a partir de um convênio com o Banco do Brasil, sob a presidência do tucano Paolo Zaghen, é fruto de uma negociação nebulosa. A Decidir.com não existe mais no Brasil desde março de 2002, quando foi tornada inativa em Miami, e a dupla tem se recusado, sistematicamente, a sequer admitir que fossem sócias, apesar das evidências documentais a respeito. À época, uma funcionária do site, Cíntia Yamamoto, disse ao jornal que a Decidir.com dedicava-se a orientar o comércio sobre a inadimplência de pessoas físicas e jurídicas, nos moldes da Serasa, empresa criada por bancos em 1968. Uma “falha”no sistema teria deixado os dados abertos ao público. Para acessá-los, bastava digitar o nome completo dos correntistas.
A informação dada por Yamamoto não era, porém, verdadeira. O site da Decidir.com, da forma como foi criado em Miami, tinha o seguinte aviso para potenciais clientes interessados em participar de negócios no Brasil: “encontre em nossa base de licitações a oportunidade certa para se tornar um fornecedor do Estado”. Era, por assim dizer, um balcão facilitador montado nos Estados Unidos que tinha como sócias a filha do então ministro da Saúde, titular de uma pasta recheada de pesadas licitações, e a irmã de um banqueiro que havia participado ativamente das privatizações do governo FHC.
A ação do Decidir.com é crime de quebra de sigilo fiscal. O uso do CCF do Banco Central é disciplinado pela Resolução 1.682 do Conselho Monetário Nacional, de 31 de janeiro de 1990, que proíbe divulgação de dados a terceiros. A divulgação das informações também é caracterizada como quebra de sigilo bancário pela Lei n˚ 4.595, de 1964. O Banco Central deveria ter instaurado um processo administrativo para averiguar os termos do convênio feito entre a Decidir.com e o Banco do Brasil, pois a empresa não era uma entidade de defesa do crédito, mas de promoção de concorrência. As duas também deveriam ter sido alvo de uma investigação da polícia federal, mas nada disso ocorreu. O ministro da Justiça de então era José Gregori, atual tesoureiro da campanha de Serra.
A inércia do Ministério da Justiça, no caso, pode ser explicada pelas circunstâncias políticas do período. A Polícia Federal era comandada por um tucano de carteirinha, o delgado Agílio Monteiro Filho, que chegou a se candidatar, sem sucesso, à Câmara dos Deputados em 2002, pelo PSDB. A vida de Serra e de outros integrantes do partido, entre os quais o presidente Fernando Henrique, estava razoavelmente bagunçada por conta de outra investigação, relativa ao caso do chamado Dossiê Cayman, uma papelada falsa, forjada por uma quadrilha de brasileiros em Miami, que insinuava a existência de uma conta tucana clandestina no Caribe para guardar dinheiro supostamente desviado das privatizações. Portanto, uma nova investigação a envolver Serra, ainda mais com a família de Dantas a reboque, seria politicamente um desastre para quem pretendia, no ano seguinte, se candidatar à Presidência. A morte súbita do caso, sem que nenhuma autoridade federal tivesse se animado a investigar a monumental quebra de sigilo bancário não chega a ser, por isso, um mistério insondável.
Além de Temer, apenas outro parlamentar, o ex-deputado bispo Wanderval, que pertencia ao PL de São Paulo, se interessou pelo assunto. Em fevereiro de 2001, ele encaminhou um requerimento de informações ao então ministro da Fazenda, Pedro Malan, no qual solicitava providências a respeito do vazamento de informações bancárias promovido pela Decidir.com. Fora da política desde 2006, o bispo não foi encontrado por CartaCapital para informar se houve resposta. Também procurada, a assessoria do Banco Central não deu qualquer informação oficial sobre as razões de o órgão não ter tomado medidas administrativas e judiciais quando soube da quebra de sigilo bancário.
Fundada em 5 de março de 2000, a Decidir.com foi registrada na Divisão de Corporações do estado da Flórida, com endereço em um prédio comercial da elegante Brickell Avenue, em Miami. Tratava-se da subsidiária americana de uma empresa de mesmo nome criada na Argentina, mas também com filiais no Chile (onde Verônica Serra nasceu, em 1969, quando o pai estava exilado), México, Venezuela e Brasil. A diretoria-executiva registrada em Miami era composta, além de Verônica Serra, por Verônica Dantas, do Oportunity, Brian Kim, do Citibank, e por mais três sócios da Decidir.com da Argentina, Guy Nevo, Esteban Nofal e Esteban Brenman. À época, o Citi era o grande fiador dos negócios de Dantas mundo afora. Segundo informação das autoridades dos Estados Unidos, a empresa fechou dois anos depois, em 5 de março de 2002. Manteve-se apenas em Buenos Aires, mas com um novo slogan: “com os nossos serviços você poderá concretizar negócios seguros, evitando riscos desnecessários”.
Quando se associou a Verônica D. Na Decidir.com, em 2000, Verônica S. era diretora para a América Latina da companhia de investimentos International Real Returns (IRR), de Nova York, que administrava uma carteira de negócios de 660 bilhões de dólares. Advogada formada pela Universidade de São Paulo, com pós-graduação em Harvard, nos EUA, Verônica S. Também se tornou conselheira de uma série de companhias dedicadas ao comércio digital na América Latina, entre elas a Patagon.com, Chinook.com, TokenZone.com, Gemelo.com, Edgix, BB2W, Latinarte.com, Movilogic e Endeavor Brasil. Entre 1997 e 1998, havia sido vice-presidente da Leucadia National Corporation, uma companhia de investimentos de 3 bilhões de dólares especializada nos mercados da América Latina, Ásia e Europa. Também foi funcionária do Goldman Sachs, em Nova York.
Verônica S. ainda era sócia do pai na ACP – Análise da Conjuntura Econômica e Perspectivas Ltda, fundada em 1993. A empresa funcionava em um escritório no bairro da Vila Madalena, em São Paulo, cujo proprietário era o cunhado do candidato tucano, Gregório Marin Preciado, ex-integrante do conselho de administração do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), nomeado quando Serra era secretário de Planejamento do governo de São Paulo, em 1993. Preciado obteve uma redução de dívida no Banco do Brasil de 448 milhões de reais para irrisórios 4,1 milhões de reais no governo FHC, quando Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-arrecadador de campanha de Serra, era diretor da área internacional do BB e articulava as privatizações.
Por coincidência, as relações de Verônica S. com a Decidir.com e a ACP fazem parte do livro Os Porões da Privataria, a ser lançado pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr. Em 2011.
De acordo com o texto de Ribeiro Jr., a Decidir.com foi basicamente financiada, no Brasil, pelo Banco Opportunity com um capital de 5 milhões de dólares. Em seguida, transferiu-se, com o nome de Decidir International Limited, para o escritório do Ctco Building, em Road Town, Ilha de Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas, famoso paraíso fiscal no Caribe. De lá, afirma o jornalista, a Decidir.com internalizou 10 milhões de reais em ações da empresa no Brasil, que funcionava no escritório da própria Verônica S. A essas empresas deslocadas para vários lugares, mas sempre com o mesmo nome, o repórter apelida, no livro, de “empresas-camaleão”.
Oficialmente, Verônica S. e Verônica D. abandonaram a Decidir.com em março de 2001 por conta do chamado “estouro da bolha” da internet – iniciado um ano antes, em 2000, quando elas se associaram em Miami. A saída de ambas da sociedade coincide, porém, com a operação abafa que se seguiu à notícia sobre a quebra de sigilo bancário dos brasileiros pela companhia. Em julho de 2008, logo depois da Operação Satiagraha, a filha de Serra chegou a divulgar uma nota oficial para tentar descolar o seu nome da irmã de Dantas. “Não conheço Verônica Dantas, nem pessoalmente, nem de vista, nem por telefone, nem por e-mail”, anunciou.
Segundo ela, a irmã do banqueiro nunca participou de nenhuma reunião de conselho da Decidir.com. Os encontros mensais ocorriam, em geral, em Buenos Aires. Verônica Serra garantiu que a xará foi apenas “indicada”pelo Consórcio Citibank Venture Capital (CVC)/Opportunity como representante no conselho de administração da empresa fundada em Miami. Ela também negou ter sido sócia da Decidir.com, mas apenas “representante”da IRR na empresa. Mas os documentos oficiais a desmentem.

*Fonte: CartaCapital e Portal Vermelho

Agenda de Mercadante neste sábado 11/09

Jundiaí 
Carreata e caminhada
Parque da Uva – Av. Jundiaí s/n - Centro
10h00
 
São Paulo 
9ª. Expocristã – Feira Exposição Internacional do Consumidor Cristão
Expo Center Norte Pavilhão Vermelho 1, 2 e 3 – Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vl. Guilherme.
14h30
 
 
*Fonte: Portal Mercadante 13 

Pesquisa Ibope: Vantagem de Alckmin sobre Mercadante diminui 7 pontos

O candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), caiu cinco pontos percentuais em uma semana, segundo pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo divulgada hoje (10/9). Alckmin tinha 51% na última sexta-feira e caiu para 46% na nova sondagem, mas, ainda assim, venceria no primeiro turno. O petista Aloizio Mercadante oscilou positivamente de 20% para 22%.
Celso Russomanno (PP) passou de 7% para 8%, Paulo Skaf (PSB) continua com 2% e Fábio Feldmann tem 1%. Os outros candidatos não pontuaram. Brancos e nulos somam 10% e os indecisos, 11%.
Foram entrevistados 1.806 eleitores entre os dias 7 e 9 de setembro. O levantamento está registrado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) sob o número 83153/2010.

*Fonte: Portal IG Último Segundo

Pesquisa Ibope: Marta e Netinho lideram disputa para o Senado em SP

Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PCdoB) estão empatados em primeiro lugar na disputa pelas duas vagas do Senado por São Paulo neste ano, segundo pesquisa Ibope/TV Globo divulgada hoje.
Marta tem 36% e Netinho 33%. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais, os dois estão tecnicamente empatados. Em seguida, aparecem Romeu Tuma (PTB) e Aloysio Nunes (PSDB) com 16% cada um.
A pesquisa do Ibope é a primeira feita sem o nome de Orestes Quércia (PMDB), que desistiu da campanha na última semana devido a um diagnóstico de câncer.
O instituto ouviu 1.806 eleitores entre os dias 7 e 9 de setembro. O levantamento está registrado no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) sob o número 83153/2010.


*Fonte: Portal IG Último Segundo

Pesquisa Datafolha: Dilma 50% x Serra 27%; vantagem aumenta mais um ponto

A 23 dias da eleição, pesquisa Datafolha realizada nos dias 8 e 9 de setembro aponta para um quadro de estabilidade na disputa presidencial.
Com 50% das intenções de voto, a candidata petista Dilma Rousseff manteve o percentual registrado na pesquisa anterior, realizada há cinco dias.
Seu principal adversário, o tucano José Serra, oscilou negativamente um ponto percentual e registrou agora 27% das menções do eleitorado. Marina Silva (PV) foi de 10% para 11%.
Todas as variações estão dentro da margem de erro do levantamento, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Os outros candidatos não alcançaram 1%, enquanto 6% dos entrevistados se dizem indecisos, e outros 4% declaram que irão votar em branco ou anular o voto.
A pesquisa Datafolha mostra que a ex-ministra ampliou sua vantagem na Bahia e em Pernambuco, exatamente os Estados em que Serra mais caiu.
A preferência por Dilma entre os pernambucanos é de 67% contra 18% que mencionam o nome do tucano (há cinco dias o levantamento registrou 62% a 21%), enquanto entre os baianos chega a 64% contra 18% que dizem votar em Serra (era de 60% a 22%).
A evolução por estratos socioeconômicos e demográficos apresentou pouca variação, e foi a senadora Marina Silva quem mais cresceu nos últimos cinco dias.
É o caso entre os eleitores com escolaridade superior, parcela em que Dilma caiu cinco pontos percentuais, para 37%, e Marina ganhou quatro, subindo para 23% (Serra oscilou um ponto para cima e está com 30%). Entre os de maior renda familiar, a petista perdeu sete pontos, enquanto a verde conquistou seis.

SEGUNDO TURNO
A simulação de segundo turno feita pelo Datafolha também apontou estabilidade. Dilma prosseguiu com os mesmos 56% que havia registrado no último levantamento, e Serra oscilou um ponto para baixo (35%).
O mesmo pode-se dizer para a rejeição dos candidatos: agora, 32% dizem que não votariam em José Serra (eram 31% há cinco dias), contra 22% que reprovam Dilma (21%) e 16% que não consideram votar em Marina (ante 17%).
Os contratantes do levantamento são a Folha e a Rede Globo. Foram ouvidos 11.660 eleitores em 414 municípios brasileiros. A pesquisa está registrada no TSE sob o número 28809/2010.

*Fonte: Portal Folha Online

#DilmaFactsbyFolha: Dilma não pode entrar nos EUA

Acabo de receber um email, dessas correntes que circulam na internet, com a seguinte mensagem:

BOA PERGUNTA!

SE POR UMA INFELICIDADE,
A DILMA FOR ELEITA,
QUEM REPRESENTARÁ O BRASIL
NAS REUNIÕES QUE FOREM REALIZADAS
NOS EUA, CONSIDERANDO QUE
ELA NÃO PODE ENTRAR NAQUELE
PAÍS POR TER PARTICIPADO DO SEQUESTRO
DO EMBAIXADOR AMERICANO QUANDO
MILITANTE DOS MOVIMENTOS
DE GUERRILHA EM NOSSO PAÍS?

Para responder a essa pergunta, transcrevo abaixo uma matéria simplória da agência Reuters. Não é necessário traduzir o texto para que se tenha a resposta à pergunta acima apresentada.


Obama touts trade in meeting with Brazil’s Dilma Rousseff


Minister Dilma Rousseff in the White House with President Lula and Obama

REUTERS, WASHINGTON D.C. – President Barack Obama said on Tuesday he wants stronger ties with Brazil, especially in the commercial area, reported yesterday Dilma Rousseff, a top aide and possible candidate to Brazil’s ruler party in 2010 presidential elections.
“He made what I consider a very strong and important statement,” she said at the end of the U.S.-Brazil CEO Forum, which brought together top U.S. business and top government officials from each country.
Rousseff, who is President Lula’s current Chief of Staff, said Obama dropped in on her and other forum participants during a meeting in the office of White House national security adviser Jim Jones.
The forum consists of ten business leaders each from the United States and Brazil, who meet at least once every six months to make recommendations to the two governments on how to expand trade and investment ties.
Bilateral trade between the two countries reached about $63.4 billion in 2008. The United States enjoyed a rare, but small, surplus with its 11th largest trading partner.

Lula e Mercadante participam de comício em Ribeirão Preto


O candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Aloizio Mercadante, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participaram de um grande comício em Ribeirão Preto na noite desta quinta-feira (09/09). Lula afirmou que
Mercadante precisa ser eleito para implantar no estado o mesmo projeto bem sucedido no governo federal, que fortificou a economia do país e deu oportunidade para milhões de brasileiros.
“Eu apoio esse companheiro porque acho que São Paulo precisa experimentar uma outra coisa. São Paulo não pode ficar na mão de tucano a vida inteira. O século XXI merece coisa melhor. O século XXI merece mais arrojo”, disse Lula. O presidente afirmou que Mercadante vai fazer o que nenhum governador do estado fez: “ter humildade de compreender que São Paulo não é um país à parte”, para contribuir mais com o crescimento do Brasil.



Discursando para mais de oito mil pessoas na Esplanada do Theatro Pedro II, no centro de Ribeirão Preto, Mercadante reafirmou que Educação será sua prioridade absoluta e criticou o descaso do atual governo paulista com os que mais precisam. “Eles só fazem coisa boa para poucos. Os cinco milhões de alunos (da rede estadual de ensino) não vão entrar na Escola Técnica Estadual (Etec), não vão entrar na Faculdade de Tecnologia (Fatec), não vão entrar na Universidade de São Paulo (USP) e não tem perspectiva no mercado de trabalho”, disse.



Em seu discurso, Lula também ironizou a histórica falta de prioridade com a Educação. “Alguém vai ter que explicar como é que um torneiro mecânico conseguiu fazer mais universidades do que os doutores que governaram esse país”, disse o presidente. Lula e Mercadante também criticaram o abuso dos pedágios de São Paulo. O presidente comparou as tarifas paulistas e as federais. "Eles têm de explicar como é que eles fazem um pedágio daqui a São Paulo, 300 quilômetros, custar R$ 46. E nós, do governo federal, de São Paulo a Belo Horizonte, 570 quilômetros, custar apenas R$ 7,70. Daria para fazer estrada até com o meio-fio de diamante".
Ao lado dos candidatos ao Senado Netinho de Paula (PCdoB) e Marta Suplicy (PT), Mercadante agradeceu o apoio da militância e defendeu que o único meio de dar prosseguimento ao projeto de Lula é eleger Dilma Rousseff, segundo ele, agora a “avó do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”. Dilma não
compareceu ao comício porque estava com seu primeiro neto, Gabriel, que tinha nascido horas antes, em Porto Alegre (RS).



*Fonte: Portal Mercadante 13