SP com Dilma: Mercadante vai melhorar o atendimento da polícia

domingo, 26 de setembro de 2010

Mercadante vai melhorar o atendimento da polícia

Aloizio Mercadante quer deixar o 190 mais eficiente. O candidato ao governo pelo PT pretende realocar policiais inativos, hoje quase 5,6 mil no serviço de atendimento telefônico. A proposta foi apresentada neste sábado (25/09) durante encontro de policiais militares e civis, na Associação de Subtenentes e Sargentos da PM, no bairro do Canindé, na zona norte de São Paulo.

Segundo Mercadante, que vem de família militar, o inativo precisa de estímulo. Trabalhando no 190, ele leva a vivência adquirida no tempo de atividade na corporação e será motivado pela nova atividade. “Estou falando de gente que tem experiência, que tem informação e pode continuar trabalhando. É uma forma de reincorporá-los no serviço”.O tenente José Vicente Conceição aprovou as propostas de Mercadante. “Ele passa confiança em relação à segurança, educação e à área social. Não temos como escolher outro candidato”.
União contra o crime
Mercadante entende que a melhor polícia é a que previne. Para melhorar a segurança pública em São Paulo, basta seguir bons exemplos de outros estados. “Em Pernambuco e no Paraná, por exemplo, a polícia recebe hora extra, sem precisar mais fazer bicos como segurança”, disse o candidato.
Entusiasmado com o que ouvia, capitão Cabral relembrou 2008, quando o então governador José Serra se recusou a receber as lideranças da Polícia Civil para discutir políticas salariais. Um episódio que terminou em grave confronto. As duas corporações entraram em choque em frente ao Palácio dos Bandeirantes.
Foi um dos maiores vexames da história das polícias brasileiras. “Somos irmãos de luta, temos o objetivo único de prover segurança pública ao cidadão. Fomos tratados como produto descartável”, comentou capitão Cabral, acreditando na vitória de Mercadante: A unanimidade por Mercadante governador é clara na corporação. “Estamos vibrando”.
Policiais valorizados
A revisão salarial é uma das bandeiras de Mercadante: Hoje, um Policial Militar de São Paulo não ganha nem quatro salários mínimos. O piso do soldado é de 1.540 reais. “Quero fazer com a Polícia de São Paulo o que Lula fez com a Polícia Federal, dando aumento salarial, prestígio e respeito”.”
Mercadante afirmou ainda que é preciso também aumentar o quadro efetivo da PM, preenchendo 7 mil vagas ociosas, e abrir mais unidades do Corpo de Bombeiros ao Estado de São Paulo.
Esse estado pode tratar com muito mais competência a segurança pública, se tiver mais compromisso e respeito com o policial. “Eu quero trabalhar com vocês em parceria. Podem cobrar. Vou voltar como governador para debater, ouvir, conversar”, finalizou Mercadante.

*Fonte: Portal Mercadante 13

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Dilma Rousseff, uma guerreira

Em 14 de dezembro de 1947, Dilma Vana Rousseff nasce em Belo Horizonte, filha do advogado e empreendedor Pedro Rousseff, búlgaro naturalizado brasileiro, e da professora Dilma Jane Silva. O casal teve outros dois filhos: o primogênito Igor e a caçula Zana. Dilma cursa a pré-escola no Colégio Isabela Hendrix e as primeiras séries no Colégio Nossa Senhora de Sion, dirigido por freiras e exclusivo para moças. Em 1964, ano do golpe militar, Dilma ingressa no Colégio Estadual Central.
Nessa escola pública e com turmas mistas, inicia a militância na Polop (Política Operária), organização de esquerda com forte presença no meio estudantil, à qual já pertencia seu namorado, Cláudio Galeno. Eles se casariam três anos depois. Em 67, Dilma inicia o curso de Ciências Econômicas na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e adere ao Colina (Comando de Libertação Nacional), organização que defende a luta armada. No final de 68, o governo militar baixa o AI 5 e a situação política se radicaliza. Como muitos outros jovens militantes de esquerda, Dilma e Galeno começam a ser perseguidos pela ditadura. Eles caem na clandestinidade e, para fugir ao cerco, dividem-se entre diferentes cidades. A distância acaba levando à separação do casal. Em 69, Dilma ingressa na VAR-Palmares (fruto da fusão entre Colina e VPR), onde conhece seu futuro marido, o advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo. No final do ano, muda-se do Rio de Janeiro para São Paulo. Em janeiro de 1970, Dilma é presa em São Paulo e torturada nos porões da Oban (Operação Bandeirantes) e do Dops (Departamento de Ordem Política e Social). Condenada pela Justiça Militar por dois anos e um mês de prisão, ela cumpre pena de três anos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Libertada no final de 72, volta a Minas Gerais para recuperar-se junto aos seus familiares. Em 73, muda-se para Porto Alegre, onde Carlos Araújo, capturado pela repressão em julho de 70, cumpre pena de quatro anos no presídio da Ilha das Flores. Em 74, Araújo é libertado e retoma a advocacia, enquanto Dilma ingressa na Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Em 75, ela começa a trabalhar na FEE (Fundação de Economia e Estatística), órgão do governo gaúcho. Em 76, Dilma torna-se mãe de Paula Rousseff Araújo e, no ano seguinte, conclui o curso de Economia. A essa altura, o desgaste do regime militar faz renascer a esperança na volta da democracia. Dilma engaja-se na campanha pela Anistia, organiza debates no IEPES (Instituto de Estudos Políticos e Sociais) e, junto com Carlos Araújo, ajuda a fundar o PDT do Rio Grande do Sul. Entre 1980 e 85, Dilma trabalha na assessoria da bancada estadual do PDT e exerce uma intensa militância. Ela atua decididamente no movimento pelas Diretas Já e na campanha de Carlos Araújo a deputado estadual. Ele é eleito em 82, iniciando o primeiro de seus três mandatos consecutivos. Em 86, o pedetista Alceu Collares é eleito prefeito de Porto Alegre e nomeia Dilma sua Secretária da Fazenda. É o início de uma trajetória administrativa que, com os anos, seria amplamente reconhecida por três características principais: determinação, competência e sensibilidade social. A década chega ao fim com o Brasil realizando a sua primeira eleição direta para a presidência após a ditadura. Dilma, então diretora-geral da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, faz campanha para Leonel Brizola, no primeiro turno, e para Lula, no segundo. No início dos anos 90, Dilma torna-se presidente da Fundação de Economia e Estatística, a FEE, onde havia iniciado sua vida profissional. Em 93, com a eleição de Alceu Collares para o governo do Rio Grande do Sul, assume a Secretaria de Minas, Energia e Comunicação pela primeira vez, iniciando um trabalho que seria amplamente reconhecido logo mais à frente. Aliados, PDT e PT elegem o petista Olívio Dutra ao governo. Dilma, mais uma vez, ocupa a Secretaria de Minas, Energia e Comunicação. Dois anos depois, com o rompimento da aliança, Dilma filia-se ao PT. Participou da equipe que formulou o plano de governo na área energética na eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 2002, onde se destacou e foi indicada para titular do Ministério de Minas e Energia. Novamente reconhecida por seus méritos técnicos e gerenciais, foi nomeada ministra-chefe da Casa Civil.