quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Governo do PSDB: Roubos e sequestros batem recorde em SP

Os números da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo divulgados no Diário Oficial do Estado em fevereiro confirmam uma realidade que os paulistanos conhecem muito bem: a criminalidade está em alta no Estado. Depois de uma década, o número de homicídios voltou a crescer e os roubos bateram um recorde histórico.
Em 2009, 4771 pessoas foram assassinadas no Estado, com registro maior nas cidades do interior ou do litoral. Mas, o número de latrocínios na capital, que é o roubo seguido de morte, também impressiona: foram cem casos, em 2009; no ano anterior, foram 69.
Os registros de roubos aumentaram 18% em relação a 2008 e superaram a marca histórica de 2003. Foram 257.004 casos no ano passado, contra 248.406 em 2003, que era o pior indicador registrado, e 217.967, em 2008.
Em relação aos sequestros, a notícia é ainda pior: as ocorrências cresceram 41,6% em 2009, em relação ao ano anterior. Foram 85 casos contra 60.
A violência policial subiu 27%: 549 pessoas foram mortas em supostos confrontos com a polícia. Em 2008, foram 431 casos.
A avaliação do Governo sobre o agravamento da criminalidade, que atribuiu a elevação dos indicadores de violência a supostos efeitos da crise econômica internacional, é contestada por especialistas.
“Não dá para fazer esta relação entre pobreza e aumento da violência, já que a violência envolve fatores educacionais e a ação do Poder Público”, analisa o pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP, Marcelo Batista Nery.
A falta de integração entre as Polícias Civil e Militar é o outro motivo apontado pelos especialistas em Segurança Pública. A falta de sintonia entre as duas coporações foi estimulada pelo Governo Serra, no episódio em que policiais militares foram convocados para reprimir os civis em greve, em 2008.
Sem integração e sintonia entre todas as esferas do Poder Público e, especialmente da Segurança, não há como combater o crime.
Em meio à divulgação dos indicadores de criminalidade, o governador José Serra enviou à Assembleia Legislativa uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) propondo a troca do nome da Polícia Militar, que passaria a chamar-se Força Pública, mas com a mesma hierarquia e disciplina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário