terça-feira, 24 de agosto de 2010

Governo PSDB: Um novo pedágio a cada 40 dias



Desde o início da privatização das rodovias de São Paulo, em 1998, foram instalados 112 pedágios nas estradas paulistas - o equivalente a uma praça nova a cada 40 dias. O Estado já tem mais pedágios do que todo o resto do Brasil. São 160 pontos de cobrança em vias estaduais e federais no território paulista, ante 113 no restante do País, segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias.
Nos últimos 12 anos, a segurança e a qualidade das rodovias melhoraram, mas os altos preços cobrados se tornaram alvo frequente de críticas dos motoristas. Nesta semana, as reclamações devem aumentar ainda mais. Os pedágios nas rodovias estaduais serão reajustados a partir da 0h de quinta-feira (1.º) e terão tarifas "quebradas" em R$ 0,05. O principal pedágio do sistema Anchieta-Imigrantes vai aumentar de R$ 17,80 para R$ 18,50.
Para se ter uma ideia, ficou mais barato viajar a outro Estado do que internamente. Cruzar de carro os 404 quilômetros entre a capital paulista e Curitiba, no Paraná, por exemplo, custa R$ 9 em tarifas. Já para cobrir distância semelhante até Catanduva, por exemplo, é preciso desembolsar R$ 46,70.
Isso se explica, em parte, pelo modelo adotado no programa de concessões paulista. As licitações, em 1998 e 2008, levaram em conta o montante que as empresas ofereciam ao Estado para ter a concessão, a chamada outorga. A vantagem é que o dinheiro pode ser aplicado em novas estradas. Por outro lado, esse valor é repassado aos motoristas.
Já o modelo adotado pelo governo federal faz a concessão àquele que oferecer a menor tarifa. O benefício é o preço mais baixo.

Um comentário:

  1. Alguns dados são relevantes na questão dos pedágios de SP:
    1) Os pedágios são obra de ALCKMIN, com SERRA só aumentaram em valor, e surgiu a cobrança ida+volta, mas a maioria das praças já existia;
    2) Todos pagam pedágios sem exceção, mesmo que não passa por eles, e more até fora do estado de SP, paga de forma indireta pois o seu valor está "embutido" no valor das cargas transportadas [remédios, alimentos, material de construção, etc]
    3) Tornam maior o custo das exportações e importações, por onerarem o entroncamento ao redor dos aeroportos de Viracopos e Cumbica.

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