sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Advogado que pediu dados de Verônica Serra é filiado ao PSDB

A Folha de São Paulo mais uma vez omitiu informações ao noticiar sobre o caso da quebra de sigilos. Mas basta uma rápida consulta para que se descubra o que a Folha não tem coragem de falar.


Folha de S.Paulo - Atella cita mais 2 nomes para "solucionar" quebra - 15/09/2010

O advogado do contador Antonio Carlos Atella Ferreira entrega hoje à Polícia Federal de São Paulo um adendo a seu depoimento com o nome de duas pessoas que "podem ajudar a solucionar" o caso de quebra de sigilo fiscal de Veronica Serra, segundo o próprio defensor, Alexandre Trindade.
Os nomes são os do advogado Marcel Schinzari e do despachante Arão Queiroz.
Atella Ferreira foi quem apresentou a procuração falsa para obter num posto da Receita Federal em Mauá cópias da declaração de renda de Veronica de 2007 a 2009.
A grande dúvida na investigação da PF é quem pediu ao contador que quebrasse o sigilo fiscal da filha do presidenciável José Serra (PSDB). Os tucanos dizem, sem provas, que a ordem partiu da campanha da candidata Dilma Rousseff (PT).
"Seria leviano dizer que o Marcel foi o autor do pedido. Mas há um nexo entre Marcel e Ademir", diz Trindade.
Ademir Estevam Cabral, 51, é o office-boy e dono de um pequeno escritório de despachos no centro de São Paulo a quem o contador dizia estar a serviço quando assinou a procuração falsa com a qual conseguiu quebrar o sigilo de Veronica.
Em depoimento à polícia, o contador disse que foi Cabral quem entregou a ele a procuração falsa.
O advogado de Atella Ferreira diz que seu cliente conheceu Schinzari num escritório de advocacia na região da avenida Paulista.
Segundo ele, o advogado pedia serviços para o contador executar na Junta Comercial e na Receita. Já o despachante Queiroz prestava serviços para o escritório do office-boy, diz Trindade.
Queiroz disse ao "Jornal Nacional" que conhece o contador e o office-boy, mas que não trabalha mais com pedidos de documentos.

O ADVOGADO
Antes de o nome de Schinzari ter sido citado na PF, a Folha falou com o advogado no seu escritório, especializado em direito tributário.
Schinzari disse, depois de várias respostas contraditórias, conhecer o office-boy.
"Já ouvi falar do Ademir e sei que ele é um office-boy." Depois de mais de uma hora de conversa, reconheceu que tanto o office-boy como o contador prestaram serviços para o seu escritório.
Schinzari pediu para que seu nome não fosse citado, já que a menção poderia prejudicar os seus negócios. Disse que seu escritório só presta serviços legais.
Schinzari pediu para que seu nome não fosse citado, já que a menção poderia prejudicar os seus negócios. Disse que seu escritório só presta serviços legais.

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O atento colunista Alberto Porem Junior, do Blog do Luis Nassif, depois de umas rápidas consultas, chegou às seguintes informações:

"Fui atrás deste advogado, Marcel Schinzari, na internet e descobri que ele trabalha para a Shinzari Advogados Ltda. http://www.esadvogados.com/
Consultando OAB-SP temos:

OAB: Marcel Scinzari: 252929 de 10/11/2006

Ai apareceu Jesus Lucas Schinzari - OAB: 76136 de 09/09/1990. E Jesus L. Scinrazzi é filiado ao PSDB como consta de: http://www.tucano-sp.org.br/download/RecadNome.pdf

Procurei na lista e achei - Jesus Lucas Schinzari: Zonal: Itaim Paulista - Zona 352"

O mais estranho é que todos foram atrás de Arão Queiroz, já condenado por Estelionato e falsificação ( Tudo a ver com a procuração falsa). E o advogado citado por Atella que "solucionaria a quebra", que trabalha numa firma de advocacia em que está Jesus Schizari que é filiado ao PSDB?
Ai a Folha vem com uma saída de deixar o leitor de queixo caído:
"Schinzari pediu para que seu nome não fosse citado, já que a menção poderia prejudicar os seus negócios. Disse que seu escritório só presta serviços legais." Dois pesos e duas medidas? A Folha? Imagine!


*Fonte: Blog do Luis Nassif

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